para não fechar

Escolas de educação infantil se unem para reivindicar ajuda do poder público

Jaiana Garcia

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: divulgação

Uma pesquisa realizada em junho deste ano, apontou que a evasão dos alunos das escolas privadas de educação infantil de Santa Maria, que atendem crianças de 0 a 5 anos, chegou a 53% desde março, no começo das medidas adotadas em contenção à pandemia. A pesquisa foi realizada pelo Sindicato Intermunicipal dos Estabelecimentos de Educação Infantil do Rio Grande do Sul (Sindicreche) e envolveu 27 escolas particulares do município. Segundo os dados, nas creches (0 a 3 anos) eram 1.108 alunos matriculados em março e 596 em junho. Já na pré-escola, idade obrigatória de frequência dos alunos de 4 e 5 anos, eram 536 em março e 422 em junho, uma queda de 46,3 nas matrículas. A taxa de inadimplência, quando as mensalidades deixam de ser pagas, varia de 20 a mais de 50%. 

Governo vai autorizar corte de salário e jornada de trabalho em até 100%

Buscando uma alternativa para não fechar as portas, as escolas resolveram se unir para chamar a atenção do poder público e da comunidade com faixas na frente das sedes e a #EscolaInfantilApoiadaEducaçãoPrivadaPreservada nas redes sociais. 

A SITUAÇÃO DAS ESCOLAS
Luciana de Menezes Coelho, proprietária da escola Lápis de Cor, que em março tinha 36 alunos, perdeu 40% das matrículas e cerca de 20% dos que se mantém, estão inadimplentes.

- Nós usamos todos os recursos do governo, de redução de jornada, salários, afastamento temporário, mas agora nossas possibilidades estão esgotando e precisamos que o governo municipal, estadual e federal olhe para a gente. Não temos mais viabilidade para seguir assim. 

Na Educarte, os descontos nas mensalidades dos alunos foram de 60%. Mesmo assim, mais da metade desfez o vínculo com a escola. A proprietária, Thaiane Piaget Rossi, não demitiu nenhum dos 12 funcionários, entre professores, monitores, cozinheira e coordenação pedagógica.

- Perdemos muitos alunos, não é fácil trabalhar com as crianças pequenas remotamente. Queremos que o governo reduza impostos e mantenha os auxílios de redução de jornada e salários, que terminam no fim deste mês.

Em transmissão ao vivo pelas redes sociais, na noite desta quinta-feira, o prefeito Jorge Pozzobom disse que tem conhecimento da situação das escolas e que a prefeitura já estuda uma maneira de dar apoio às instituições.

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